Ministro do Esporte diz que ritmo das obras para Copa de 2014 não é o ideal

O Ministro do Esporte Orlando Silva não escondeu sua preocupação com o ritmo das obras para a Copa de 2014. Em entrevista ao programa “Arena SporTV”, ele disse que a preparação ainda não é a ideal e destacou que as obras devem começar até o fim deste ano.

- Eu estou sempre preocupado. Eu acredito que é necessário ter muita atenção. Estamos no limite. Alguns estádios são particulares, outros integralmente públicos. Mas nossa exigência é a de que até o fim deste ano todos eles devam estar em obras. Eu compararia com o voo de um avião. O país decolou, está na fase de aceleração, mas não está no nível de cruzeiro. A condição de preparação do país, no conjunto, ainda não alcançou seu ponto ideal. No Brasil, o ritmo de execução de obras é muito lento – disse.

O ministro falou também sobre as alterações feitas no Estatuto do Torcedor. Ele se mostrou otimista com a implantação das novas normas e destacou que as mudanças ajudam inclusive os clubes, já que pode levar mais torcedores aos estádios, gerando mais receita com bilheteria.

- A Copa do Mundo tem que ser uma oportunidade para criarmos uma outra referência no Brasil com relação a estádios, a segurança e ao comportamento das torcidas. Não consigo não me chocar em ver imagens de crianças de 14 anos pulando nos estádios e cantando músicas dizendo que vão matar os outros. Não é querer ser moralista, mas isso fere o espírito de celebração. O aperfeiçoamento do Estatuto do Torcedor visa melhorar conforto, segurança e mudar a cultura. Agora é brigar positivamente para a lei virar verdade – afirmou Orlando Silva.

De acordo com o Ministro do Esporte, o Governo dará auxílio com relação ao monitoramento por câmeras, comprando os equipamentos e cedendo aos estádios. Orlando Silva destacou ainda a necessidade de um treinamento específico para a polícia.

- Parte da explicação dos conflitos você pode localizar nas torcidas, mas parte você pode localizar também na falta de preparo das forças policiais. Treinar, preparar e também oferecer instrumentos de trabalho que diminuam os riscos. Nos inspira o bordão dos ingleses: “Trate o torcedor como animal, e ele se comportará como um animal. Trate como um cidadão e ele se comportará como um cidadão”. Tem que se criar um ambiente propício, com comida adequada, banheiros limpos – declarou.

Inicia hoje as obras do Beira-Rio

A partir de hoje, o Beira-Rio começa a mudar.
À tarde, o Inter começa as obras da cobertura do estádio construído em 1969. É a perte mais visível da maior remodelação da história do clube. O projeto Gigante para Sempre deve ampliar sua capacidade para 62 mil pessoas e adequar o estádio às normas da Fifa para a Copa.

AS ETAPAS DAS OBRAS EM PORTO ALEGRE:
Começa em 2010:
- Cobertura
- 19 novas suítes
- Renavoções das fundações

Começa em 2011:
- Elevação da arquibancada
- Instalção de cadeiras nas arquibancadas

Começa em 2012:
- Instalação da mambrana da cobertura
- Reforma nos vestiários

Ricardo Teixeira visita Mineirão e vê Belo Horizonte em vantagem para a abertura!

Em visita às obras do Mineirão, que passa por reformas para a Copa de 2014 no Brasil, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse, que estádio é o projeto que está mais avançado e coloca a capital mineira à frente das outras sedes para o Mundial.

“Pelo fato de ter iniciado, você há de convir comigo que ela já iniciou à frente dos outros. Já é uma vantagem”, observou o mandatário da CBF, que acompanhou a retirada do gramado do Mineirão, como parte da segunda etapa das obras do estádio Mineirão.

“Belo Horizonte, inegavelmente, é a sede que está mais avançado não só no projeto, como com relação à obra. De forma que a expectativa é exatamente essa, que a participação do Mineirão seja bastante importante no contexto da Copa do Mundo de 2014”, disse Ricardo Teixeira.

O presidente da CBF admitiu que BH pode se tornar candidata a receber a abertura da Copa, desde que resolva problemas como a carência na rede hoteleira. "Eu tenho convicção de que isso será sanado em Belo Horizonte nos próximos meses, com essa perspectiva de que temos contratos de grandes multinacionais da área de hotelaria, que estão interessados em fazer hotéis aqui", afirmou.

Ricardo Teixeira lembrou que São Paulo, que era forte candidata para abrir o Mundial, sequer tem estádio. "São Paulo está com problema, porque não tem estádio. São Paulo, hoje, para o Comitê Organizador, não tem estádio apresentado para a Copa do Mundo com relação nem a sede em si, quer dizer, não há nenhum estádio que esteja definido em São Paulo para a Copa do Mundo", ressaltou o dirigente.

Na terça-feira, Ricardo Teixeira visitou Brasília, que apresentou projeto luxuoso de uma arena que será construída onde está localizado o estádio Mané Garrincha e também se tornou candidata a sediar a abertura da Copa do Mundo.

Em Belo Horizonte, o presidente Ricardo Teixeira ouviu do governador de Minas Antônio Anastasia que Belo Horizonte trabalha para se tornar a melhor sede para o Mundial. "Como temos dito desde o início, queremos ser não mais uma sede, mas de fato a melhor sede da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, e pleiteando, naturalmente, os grandes jogos para cá", afirmou.

Segundo o governador, a licitação para a terceira etapa das obras ocorrerá em agosto. "Essa segunda etapa do rebaixamento do gramado ficará concluída até o final do ano, até novembro. A partir de então o estádio começará a sua grande obra", informou Anastasia. A conclusão das obras do Mineirão está prevista para 2013, antes da Copa das Confederações.

Inter já pode iniciar obras para Copa

O Inter começa a sair da inércia em relação à Copa. Na quarta-feira, o clube receberá da Prefeitura de Porto Alegre as licenças ambientais para o início das obras no estádio Beira-Rio. A solenidade ocorrerá às 16 horas, nos camarotes do estádio. Durante o ato, o presidente Vitorio Piffero irá divulgar o cronograma oficial das obras.

A direção colorada considera a situação do Beira-Rio avançada em relação a de outras sedes. Serão realizadas obras para novas cabines de imprensa, além da reforma e ampliação das arquibancadas inferiores e vestiários.

As mudanças acarretarão em um aumento na capacidade, pulando dos atuais 56 mil torcedores para 62 mil. O projeto também prevê outras modificações, entre elas a cobertura metálica da casa vermelha.

O evento contará com os principais dirigentes do clube, do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e do ministro do Turismo, Luiz Barreto.

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Governador do DF defende abertura da Copa de 2014 em Brasília

O governador DF, Rogério Rosso, defendeu hoje (27) a realização da abertura da Copa do Mundo de 2014 em Brasília, alegando que a cidade é a que reúne as melhores condições no país para o evento. Rosso fez o pedido ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, durante a cerimônia de lançamento do projeto de reforma e ampliação do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

Na cerimônia, foi assinado também contrato com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso para que ex-detentos e até beneficiados pelo regime de prisão semiaberta sejam contratados para trabalhar na reforma do estádio. As obras já começaram e estão sendo tocadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Terracap) e pelo consórcio formado pelas empreiteiras Via Engenharia e Andrade Gutierrez, que ganhou a licitação.

Em entrevista coletiva, Ricardo Teixeira informou que a decisão sobre a sede do jogo de abertura da Copa será tomada pelo Comitê Organizador da Federação Internacional de Futebol (Fifa), em conjunto com a CBF. Segundo ele, ainda não, porém, previsão de quando isso será feito.

Sobre as obras em outras cidades-sede, Teixeira disse que as providências tomadas até agora para reformar os estádios demonstram "a responsabilidade tácita que o Brasil está assumindo" para realização do megaevento.

"Poucas cidades no mundo concentram uma estrutura hoteleira a pequena distância do estádio, que poderá receber mais de 70 mil torcedores", disse Rogério Rosso, ao mencionar as vantagens de Brasília para a abertura da Copa. Ele citou ainda a curta distância do aeroporto até o estádio, que fica perto de um grande centro de convenções.

Com a reforma, destacou o governador, o Mané Garrincha "será uma arena multiuso depois dos jogos da Copa, a mais moderna do mundo, com condições inclusive de sediar shows, entre outros grandes eventos". O projeto para reforma do estádio está dentro das regras da Fifa, terá lojas, restaurantes e garagens e é, na opinião de Rosso, o mais moderno do mundo.

O governador disse que, ao defender a ideia de Brasília ser a sede da abertura da Copa, "não quis constranger o presidente da CBF" e sim mostrar que, "se depender de atributos, a cidade tem todas as condições para sediar os jogos e se sentiria honrada por isso, depois de ter completado 50 anos de fundação".

A obra do estádio foi orçada em R$ 692 milhões e, segundo o governador é o orçamento mais barato, comparado com o que vai ser gasto nos estádios de outras cidades. O valor foi baseado na divisão dos custos pelo número de cadeiras e venceu quem ofereceu o menor preçO, afirmou o governador.

Grupo avaliará condições de energia para Copa

O governo federal criou hoje um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério de Minas e Energia que terá a função de avaliar as condições do fornecimento de energia elétrica nas 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. "O grupo vai avaliar a necessidade de serem feitos complementos para aumentar a segurança e evitar interrupções nas sedes", disse o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, após participar de reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que criou o grupo.

Ele explicou que, subordinado ao grupo de trabalho, haverá força-tarefa capitaneada pela ONS e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que trabalhará conjuntamente com as distribuidoras e secretarias de Energia dos Estados para fazer o levantamento. A expectativa é de que, até o final do ano, essa avaliação seja concluída.

Companhias aéreas têm receio com aeroportos para Copa

As principais companhias aéreas brasileiras estão preocupadas com a habilidade do governo para resolver os gargalos nos aeroportos do país nos próximos quatro anos, a tempo da realização da Copa do Mundo de futebol de 2014.

O aumento da renda da população nos últimos anos, em meio ao crescimento da economia, vem fazendo com que mais brasileiros usem o avião como meio de transporte. De janeiro a junho, o tráfego de passageiros no país disparou 27,6 por cento ante igual período de 2009, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Assim, a própria demanda atual por transporte aéreo exige soluções imediatas, para problemas que vão de estacionamentos com poucas vagas em aeroportos até a falta de espaço para aviões, passando por terminais de passageiros insuficientes.

"Aeroporto bom é aeroporto em obras", afirmou à Reuters o vice-presidente Comercial e de Planejamento da TAM, companhia aérea líder no Brasil, Paulo Castello Branco.

"Existe um gargalo de infraestrutura aeroportuária notório no país, especialmente em São Paulo... Só não existe um caos aéreo porque a Anac limitou o número de operações nos aeroportos."

Segundo recente estudo da consultoria McKinsey, a capacidade dos aeroportos do país encerrou 2009 em 126 milhões de passageiros, com uma demanda de 111 milhões. Em 2014, o fluxo deverá alcançar os 146 milhões.

O levantamento da McKinsey aponta que dos 20 principais aeroportos, sete estão com pátios e terminais de passageiros saturados. E das 12 cidades-sede da Copa, apenas quatro não têm aeroportos com saturação em pátio ou terminal de passageiros atualmente.

"A Copa é oportunidade única de expor o Brasil para o mundo todo e o aeroporto é a primeira impressão do país para o turista. Dado o histórico (de investimentos do governo), a situação preocupa. Sem dúvida, os investimentos exigem foco e têm que deixar o alerta ligado", disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.

O governo federal trabalha com um orçamento de 6,5 bilhões de reais para investir nos aeroportos nos próximos anos, dos quais cerca de 5,5 bilhões de reais irão para as cidades-sede.

A cifra contrasta com o que vinha sendo aplicado nos aeroportos. Em 2003, por exemplo, foram apenas 42 milhões de reais. Em 2006, 1 bilhão de reais foram injetados, valor que tombou para 270,3 milhões de reais em 2007, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento.

Procurada, a Infraero, estatal responsável pela administração dos aeroportos, não comentou o assunto até a publicação da reportagem.

"Estamos preocupados, sim, com o investimento do governo, mas estamos confiantes que esses mais de 6 bilhões de reais serão investidos num tempo que dará respaldo ao crescimento", disse o presidente-executivo da Azul, Pedro Janot.

As estimativas sobre o fluxo de passageiros que será gerado durante a Copa variam. Para a McKinsey, serão de 2,9 milhões a 5,8 milhões de passageiros a mais. Já a Ernest & Young calcula fluxo adicional de 2,25 milhões de passageiros no período do Mundial.