Bastidores do plano para salvar o Morumbi na Copa de 2014

A possibilidade da cidade de São Paulo ter dois estádios na Copa do Mundo de 2014 foi abordada dia 31 de maio, na festa de aniversário do ministro dos Esportes, Orlando Silva Jr, realizada em um restaurante paulistano. O iG revelou a informação na última terça-feira.

Naquele momento, tanto o ministro quanto outros figurões dos governos federal, estadual e municipal já sabiam que o São Paulo (clube) não teria condições de bancar a reforma do Morumbi para receber a abertura do Mundial. O valor orçado ficou em R$ 630 milhões.

Como o comitê paulista não abre mão de realizar o jogo inaugural, e não quer que o Morumbi fique de fora, ficou então combinado, em reunião terça-feira no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista: o São Paulo avisa que desiste da abertura no Morumbi, como o iG publicou na ocasião, e se prepara para realizar a reforma mais modesta, de R$ 250 milhões, que dá direito de receber partidas até as oitavas.

Num primeiro momento o Morumbi vai ser dado como fora da Copa, já que o projeto de estádio em Pirituba, distrito da zona noroeste da capital, será o eleito para a sede paulista. Mas todos que acompanham de perto a negociação para obras de estádios da Copa sabem que uma ou até duas sedes não conseguirão levantar suas Arenas. Natal e Recife estão com enorme dificuldade financeira.

Aí entraria o Morumbi e a segunda vaga paulista como solução para se manter 12 estádios. Resta saber se Ricardo Teixeira e Jerome Valcke, o secretário-geral da Fifa, que estão totalmente contra o Morumbi, vão aceitar tudo isso. O Estado de S. Paulo reafirmou nesta quinta que o estádio ficará fora do Mundial. Se o pedido vier de cima, leia-se governo federal, fica mais fácil para o São Paulo.

Fonte : SPNet