Natal e Recife correm risco de ficar fora. Nesta terça, diretoria do São Paulo pediu ajuda do governo paulista para cobrar que a Fifa decida logo se o Morumbi fará a abertura.
A possibilidade ainda é embrionária, mas a cidade de São Paulo pode ter dois estádios na Copa do Mundo de 2014. Para esse projeto sair do papel, uma das outras 11 sedes precisaria ficar de fora e duas capitais do Nordeste são as favoritas neste momento: Natal e Recife. A solução manteria o Morumbi no Mundial, para jogos de primeira fase e oitavas-de-final, e viabilizaria a construção de um estádio no bairro de Pirituba, na zona norte da capital, para a abertura.
O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, esteve nesta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, acompanhado de José Eduardo Mansur, advogado do clube e membro do comitê paulista para a Copa. Munidos da documentação com os dois orçamentos para a reforma do Morumbi, estádio que pertence aos são-paulinos, pediram ajuda do secretário de planejamento, Francisco Luna, para pressionar a Fifa que resolva logo onde será o confronto inaugural.
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Morumbi como ficaria com a reforma completa, de R$ 630 milhões |
Juvêncio avisou que o São Paulo só se responsabilizará por uma reforma de R$ 630 milhões (que deixaria o estádio pronto para abrir o torneio) se tiver certeza que o campo são-paulino vai receber o evento. Caso contrário fica com a versão "light" da obra, de R$ 250 milhões, que mexe bem menos na estrutura e pode receber algumas partidas menores, até as oitavas no máximo.
Dois estádios numa mesma sede, num primeiro momento, não agrada a Fifa, mas é melhor do que 12 cidades diferentes. A entidade sempre foi contra 12 sedes, principalmente pela dimensão continental do Brasil, que requer longos deslocamentos. São Paulo com mais um estádio tiraria uma cidade da rota dos jogos, reduzindo para 11 locais, o que chega perto do que sonha a Fifa, que são dez.
Candidatos a ficar fora
Natal, capital do Rio Grande do Norte, está em situação crítica. Até a segunda-feira precisa entregar documentação com garantias financeiras para a construção de um estádio, mas nem terreno para fazer isso tem. Burocracia com a secretaria ambiental do estado faz com que seja difícil achar um local para se levantar a Arena das Dunas.
Recife, em Pernambuco, sofre com o boicote dos três principais clubes do estado, Sport, Náutico e Santa Cruz. Todos eles têm seus estádios próprios, jogam neles, mas nenhum tem condição de receber partidas da Copa. Um quarto campo seria construído, mas ele só seria viável para os financiadores recuperarem o dinheiro se os grandes de Pernambuco jogassem lá. O governo quer obrigar os times a assinar um contrato para que haja no mínimo 20 partidas por ano na arena nova, mas os três não aceitam, o que travou a procura por empresas dispostas a bancar a obra.
A diretoria do São Paulo, que antes não aceitava ver o Morumbi fora da abertura, já se contenta em receber jogos menores. Não quer perder o dinheiro que pode ganhar de patrocinadores para receber duelos do Mundial (até mesmo porque já fechou com alguns deles). Para os governos federal, paulista e da cidade de São Paulo, a solução seria ideal, pois conseguiria construir um estádio que agradaria mais a CBF e a Fifa e não perderia o jogo de abertura para outra cidade, como o Rio de Janeiro ou Belo Horizonte.
Fonte : IgEsportes
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