Estádio de Brasília será reduzido

Segundo novo governador, capacidade deve passar de 70 mil para cerca de 40 mil lugares

Mesmo sem ter tomado posse de seu cargo no Distrito Federal, o governador eleito, Agnelo Queiroz, já se pronunciou sobre o Estádio Nacional de Brasília. Segundo declaração concedida à "Folha de S. Paulo" e confirmada nesta quinta-feira por meio de sua assessoria de imprensa, a recomendação é a de reduzir quase pela metade a capacidade da arena, de 70 mil para cerca de 40 mil lugares.

A iniciativa visa a adequar os custos ao orçamento, que não está folgado para o próximo ano, além de garantir que o DF não terá um elefante branco após o Mundial do Brasil, em 2014.

Ainda não existe um valor previsto para o investimento no Estádio, que está sendo erguido sobre o antigo Mané Garrincha. Mas as obras, a cargo da construtora Andrade Gutierrez, já estão em andamento, com previsão de término para agosto de 2012.

Segundo informações da assessoria de imprensa do novo governador, a decisão foi motivada pela praticamente certa escolha de São Paulo como sede da abertura da Copa. E ainda não foram feitos estudos mais detalhados e nem notificados os maiores interessados, como o engenheiro Eduardo Castro Mello, responsável pelo projeto.

– Quero ver o documento assinado pela Fifa dizendo que o estádio do Corinthians vai atender às condições necessárias para receber a abertura. Todos os outros projetos participaram de seminários e deram essas garantias. Mas, se o governador decidir que não queremos receber, sequer as semifinais, o estádio pode ser adaptado para até 45 mil lugares, sem que tenhamos de perder as características arquitetônicas do projeto atual. Já foi prevista essa diferença – disse.

Segundo Castro Mello, a capacidade de 70 mil assentos também atende a uma solicitação da Fifa para a Copa das Confederações, em que Brasília sediaria a abertura e o encerramento da competição.