O estádio Beira Rio, sede da Copa de 2014 em Porto Alegre, não terá sua cobertura completamente pronta até dezembro de 2012, como prevê a Fifa, declarou o vice-presidente de Patrimônio Internacional, Emídio Ferreira, em entrevista ao Portal 2014. "Somente teremos a cobertura pronta em 2014. É importante salientar que cobertura não é uma exigência obrigatória da Fifa", disse o dirigente do Colorado. Ferreira explicou que até agosto o clube retomará as obras da cobertura e lembrou que até o momento, cinco pilares de sustentação foram fixados em alguns pontos estratégicos para permitir a construção do museu do clube.
A Fifa e o Ministro dos Esportes, Orlando Silva Jr., pressionam pelo começo das obras, mas a direção do Inter mantém a tranquilidade e garante que os trabalhos devem começar "em breve" e que tudo está de acordo com o cronograma planejado. O início das obras em todos os estádios, inclusive o Beira-Rio, conforme prazo determinado pela Fifa deveria ter ocorrido ainda em maio, mas o clube enfrenta dificuldades para levantar os R$ 130 milhões necessários para bancar as reformas.
Uma das principais fontes de recursos para as obras ainda depende de uma venda: é o antigo estádio Eucaliptos, que renderá em torno de R$ 20 milhões, mas a venda desta área ainda está impedida por uma série de pendências judiciais. Emídio Ferreira esclarece que as informações sobre a suposta venda dos Eucaliptos para uma rede de supermercados não é verdadeira. “Não, não. O estádio Eucaliptos ainda não foi vendido. Com todo respeito, não sem de onde tiraram esta informação”, disse Ferreira.
Gerenciamento
A Santini e Rocha Arquitetos, sediada em Porto Alegre, foi escolhida pelo Internacional para o gerenciamento técnico da reforma e modernização do Beira-Rio, a partir do projeto arquitetônico desenvolvido pelo escritório gaúcho Hype Studio, tambem de Porto Alegre, e aprovado pela Fifa em recente visita à cidade.
Para deixar a casa do Internacional pronta para a Copa, a Santini e Rocha Arquitetos gerencia mais de 30 projetos de arquitetura e engenharia na parte interna e externa do Beira-Rio. Entre as obras, destaca-se a nova cobertura metálica, que já fazia parte do projeto de modernização do estádio antes do evento Copa 2014. “O caderno de encargos da Fifa privilegia questões de segurança, acessibilidade e conforto do torcedor. Nos outros quesitos faz uma série de recomendações não obrigatórias, mas se o projeto não contemplá-las pode acabar excluído da Copa. Vanos trabalhar para que o Beira-Rio esteja pronto dentro do prazo e poderá sediar até jogos das quartas-de-final da Copa”, explicou o arquiteto Cícero Santini.
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