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A Copa do Mundo da FIFA de 2014 será a 2ª realizada no BRASIL.
As 12 cidades que sediarão os jogos: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Fifa exige abertura da Copa 2014 em São Paulo por questões econômicas

São Paulo teria também o centro de imprensa e o congresso da Fifa. Reunião entre membros do governo e Ricardo Teixeira deixou a modernização do Pacaembu e a construção de um estádio novo como opções. O Morumbi está fora!

O presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local), Ricardo Teixeira, convenceu membros do governo e do comitê paulista de que São Paulo precisa ser a sede da abertura da Copa, com o argumento de que a Fifa faz questão, por questões econômicas (a capital paulista é o pólo financeiro do Brasil), e para a cidade receber o centro de imprensa (IBC), algo que o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, já havia manifestado interesse.

Receber o centro de imprensa significa atrair turistas meses antes da Copa e durante os 30 dias do evento, o que gera dinheiro para a cidade “O centro de imprensa é na cidade que abre ou que fecha a Copa, por uma questão de mobilidade dos jornalistas e até de economia. Foi assim nas últimas Copas”, explicou Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF e do COL. Na Alemanha, em 2006, por exemplo, Munique tinha o IBC e recebeu a abertura. Em 2010, na África do Sul, o centro de mídia ficou em Joanesburgo, que foi sede do jogo inaugural e da final.

Apto para a abertura, São Paulo também poderia receber a convenção que a Fifa realiza no ano do Mundial no país sede, normalmente em fevereiro. Segundo Rodrigo Paiva são pelo menos dez integrantes em cada comitiva das 32 seleções, fora os jornalistas e agregados que viajam para acompanhar o evento.

A Fifa tem interesse por São Paulo também por uma questão de logística, segundo apurou o iG durante a Copa da África do Sul. Membros da entidade passam a morar no país sede anos antes do Mundial e preferem ficar em uma cidade com melhor infraestrutura, caso de São Paulo. Belo Horizonte sempre foi a preferida de Ricardo Teixeira para receber a abertura (o IBC ficaria no Rio), agrado que faria ao ex-governador de MG, Aécio Neves, seu amigo. Mas a Fifa questionou a rede hoteleira e locais de diversão da capital mineira.

Pacaembu e o estádio Olímpico de Berlim
Inicialmente o patinho feio entre os candidatos a palco paulista na Copa do Mundo, o Pacaembu ganhou força com o lobby do ex-secretário de esportes da prefeitura Walter Feldman, que deixou pronto um projeto de modernização com o valor de R$ 400 milhões. A obra não atende todas as exigências da Fifa e precisaria ser encorpado.



Quem bancaria a obra seria um fundo de investimentos criado pela empresa de gerenciamento de venda de ingressos BWA, aliada a duas construtoras (que receberiam a concessão do estádio por alguns anos para reaver o dinheiro aplicado). Se o Pacaembu entrar no mapa do Mundial, pode haver empréstimo do BNDES no valor de R$ 400 milhões, o que viabilizaria um projeto mais caro.

Na Copa do Mundo da Alemanha, o Comitê Local fez questão de a final ser em Berlim e no histórico estádio Olímpico. A Fifa, num primeiro momento, bateu o pé, por ser um campo antigo. Ele foi modernizado por dentro, mas tinha muitos problemas, como pontos cegos e dificuldade de acesso. Por fora, não pôde ser mexido, já que é tombado. Bem parecido com o que acontece com o Pacaembu.

Sem estádio
Teixeira, Kassab, o governador Alberto Goldman e Francisco Luna, o secretário do planejamento do Estado e presidente do comitê paulista para o Mundial, saíram da reunião realizada na manhã desta quarta-feira no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, afirmando que farão de tudo para que São Paulo tenha a abertura, mas sem definição sobre um estádio.

A construção de um novo (sem exeção um possível campo corintiano em Guarulhos ou Itaquera) e um projeto mais encorpado de modernização do estádio do Pacaembu seriam as opções mais realistas neste momento. Teixeira não quer o Morumbi de jeito nenhum e a Arena Palestra está descartada para a abertura, mas não para receber jogos intermediários do Mundial. Não se falou em obra em Pirituba, distrito da zona noroeste da capital que receberá até 2020 um complexo para receber shows e convenções. Kassab reiterou que é improvável conseguir levantar uma arena no local até 2013, para receber partidas da Copa das Confederações.

O comitê paulista, com o aval de Goldman, estava disposto a abrir mão da abertura. Os três projetos de estádio que foram levados a Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do COL, em um primeiro momento não permitem a realização do jogo: a reforma “light” do Morumbi, a Arena Palestra e a modernização do Pacaembu no formato atual, que prevê capacidade para 45 mil pessoas.

Ricardo Teixeira ouviu de Goldman uma defesa do Morumbi, mas o dirigente da CBF está irredutível contra o campo são-paulino: segundo ele foi dado tempo suficiente para o clube adequar um projeto e levantar dinheiro, mas no final a proposta apresentada não foi o combinado com a Fifa para a abertura.

“Tem várias questões quanto ao das câmeras de TV, por eMorumbi, como capacidade para jornalistas e posicionamento. Aquelas imagens bonitas de uma Copa dependem de tudo isso”, disse Rodrigo Paiva. A definição oficial sobre os jogos que cada cidade receberá será até meados de 2012.

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